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Corte das relações prejudica negócios

Projeto da Odebrecht de US$ 600 milhões está suspenso desde junho

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A decisão brasileira de romper relações com Honduras suspendeu um projeto avaliado em pelo menos US$ 600 milhões da Construtora Norberto Odebrecht envolvendo duas hidrelétricas, Los Llanitos e Jicatuyo, no noroeste do território hondurenho. A oferta para a construção, cujo financiamento viria do BNDES e do Banco Centro-americano de Integração Econômica, havia sido oficialmente apresentada em agosto de 2007 e recebeu um sinal verde da estatal hondurenha Empresa Nacional de Energia Eléctrica no mês seguinte.A negociação é o principal tema da agenda comercial Brasil-Honduras, mas está congelada desde junho, quando Manuel Zelaya foi deposto e o governo brasileiro rompeu os laços com Tegucigalpa. O contrato permitiria à Odebrecht projetar, construir e operar por no mínimo 25 anos as duas hidrelétricas, além de comercializar a energia gerada. As estações ficam no Departamento de Santa Bárbara, próximo da fronteira com a Guatemala.Segundo o Estado apurou, o governo de facto de Honduras chegou a fazer uma proposta nos bastidores para retomar o projeto em troca da retirada de um processo contra o Brasil na Corte Internacional de Justiça da ONU. Tegucigalpa levou em outubro ao tribunal uma acusação contra o governo brasileiro, que supostamente teria violado a Convenção de Viena ao permitir que Zelaya fizesse pronunciamentos políticos de dentro da embaixada.Além do Brasil, Taiwan também está envolvida na construção de hidrelétricas em Honduras. No entanto, as obras ficam na região oriental do país.

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