Sem nenhum documento ou dinheiro, o menor V.S.S, de 11 anos, conseguiu embarcar em um avião da Gol em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, com destino a São Paulo. No dia 18 de outubro, ele se misturou aos passageiros e viajou sem o bilhete ou cartão de embarque. A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos das Crianças de Cuiabá abriu hoje inquérito para apurar a falta na segurança dos aeroportos Marechal Rondon, em Mato Grosso, e de Guarulhos, na Grande São Paulo, além da companhia aérea Gol. O menor já estava em Guarulhos quando foi localizado pelo sistema de segurança do aeroporto, andando sozinho. "Isso demonstra a fragilidade do sistema de transporte aéreo. Poderia ser um terrorista, por exemplo. A falta de segurança é muito maior do que a gente pensa", criticou o delegado Márcio Cambahúba. Porém, antes o garoto havia viajado em dois ônibus sem pagar passagem para chegar ao aeroporto, percorrendo cerca de 20 quilômetros. A aventura de V.S.S começou porque ele teria brigado com um vizinho da sua idade. Ele pediu aos pais, o soldado da Polícia Militar (PM) Valmirson dos Santos Almeida e a dona de casa Flaviana Cacilda, para mudar de bairro. Diante da recusa, apenas com a roupa do corpo, o garoto fugiu para o aeroporto em Várzea Grande. No dia seguinte, os pais registraram queixa na delegacia da criança, em Cuiabá. A Gol e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) informaram que não tinham conhecimento do caso.
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