Debate sobre empresas de capital disperso deve crescer na CVM

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Por Redação

Questões relacionadas à governança corporativa nas empresas de capital disperso em casos de fusões e aquisições devem aumentar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos próximos anos, de acordo com a nova diretora da autarquia, Ana Novaes. Antes de sua posse nesta quinta-feira, ela disse a jornalistas que este debate ficará mais aquecido e que os conflitos entre acionistas e os conselhos de administração destas empresas devem aumentar. Segundo ela, em casos de empresas com controle definido, na ocorrência de algum problema, os responsáveis são estes controladores. "Quando houver algum problema em empresas com controle disperso, você vai apontar o dedo para quem?", questionou, defendendo que os comitês de auditoria deveriam ser obrigatórios para companhias com este perfil. Ana tem experiência no mercado como conselheira de empresas, assim como Leonardo Pereira, ex-diretor financeiro da Gol, que foi apontado pelo Ministro da Fazenda, Guido Mantega, como sucessor de Maria Helena Santana para o principal cargo da autarquia. "A gente vai trazer de fora nossa experiência e tentar ajudar a CVM para que a regulação seja ágil e que não seja sufocante para as companhias", disse ela, ressaltando que sua experiência e a de Pereira não devem trazer mudanças radicais para a autarquia. A executiva é doutora em Economia pela Universidade da Califórnia e advogada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Também foi sócia da Oitis Consultoria, que atua na área de governança corporativa, além de já ter ocupado posições nos colegiados da CCR, da Metalfrio e da CPFL Energia. Ana ocupa a vaga de Alexsandro Broedel, que deixou o posto em dezembro de 2011 por motivos pessoais. Ele havia assumido o cargo em janeiro de 2010 e, assim, o mandato da nova diretora vai até dezembro de 2014. Após a posse de Ana Novaes, a diretoria da autarquia está novamente completa. Em maio, Roberto Tadeu Antunes Fernandes assumiu um assento no colegiado após o fim do mandato de Eli Loria. O quadro é formado, ainda, por Luciana Dias e Otavio Yazbek. A expectativa agora gira em torno da presidência da CVM. Após a indicação de Pereira em julho, ele ainda terá que passar por sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ser aprovado pela Casa antes de ser empossado para um mandato de cinco anos. (Por Juliana Schincariol)

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