Déficit em conta corrente é de US$7,1 bi em janeiro--BC

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Por Redação
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O Brasil registrou em janeiro déficit em transações correntes de 7,086 bilhões de dólares, informou o Banco Central nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam um déficit de 6,950 bilhões de dólares no mês passado. No acumulado em 12 meses encerrados em janeiro, o déficit em conta corrente do país ficou em 2,17 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O BC informou ainda que os investimentos estrangeiros diretos no país somaram 5,433 bilhões de dólares em janeiro, insuficientes para cobrir o rombo da conta corrente no mês passado. As despesas com viagens internacionais ficaram deficitárias em 1,335 bilhão de dólares em janeiro passado, enquanto que as remessas de lucros e dividendos ficaram negativas em 981 milhões de dólares no período. Em janeiro de 2011, essas contas haviam mostrado saldo negativo de 1,177 bilhão de dólares e 1,879 bilhão de dólares, respectivamente. No mês passado, o investimento de estrangeiros em ações negociadas no país atingiu 4,291 bilhões de dólares, contra 732 milhões de um ano antes. COMPENSAÇÃO No mês passado, o BC previa que o déficit em conta corrente do país ficaria em 6,7 bilhões de dólares em janeiro, quase 50 por cento superior ao IED esperado para o período, de 4,5 bilhões de dólares. O descasamento deve ser a regra neste ano, com o IED não conseguindo financiar o déficit em conta corrente integralmente. Para este ano, a autoridade monetária prevê que o investimento produtivo de for a somará 50 bilhões de dólares, enquanto que o déficit em conta corrente ficará em 65 bilhões de dólares. As remessas de lucros e dividendos feitas por multinacionais instaladas no país têm sido uma das principais razões para o rombo nas contas externas brasileiras. Em dezembro, por exemplo, as remessas somaram 4,741 bilhões de dólares, chegando a 38,166 bilhões em 2011 todo. Com isso, o país fechou dezembro com déficit em transações correntes de 6,040 bilhões de dólares, sendo que no ano passado todo, o rombo atingiu 52,612 bilhões de dólares, contra 47,323 bilhões de dólares em 2010. Apesar do salto, os investimentos produtivos foram suficientes para cobrir o déficit no período. (Reportagem de Tiago Pariz, Leonardo Goy e Hugo Bachega)