O Departamento de Estado americano anunciou nesta quinta-feira ter demitido dois funcionários temporários e punido um terceiro por acessar dados do passaporte do pré-candidato democrata à Casa Branca Barack Obama. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, é provável que o caso tenha sido motivado por uma "curiosidade imprudente". "Nós acreditamos que isso ocorreu devido a uma curiosidade imprudente, então estamos tomando medidas para garantir que este é, de fato, o caso", disse o porta-voz. No entanto, McCormack afirmou que ainda não está claro o que exatamente os funcionários viram ou o que eles procuravam quando acessaram os dados. Os dados do passaporte do senador foram acessados em três datas separadas: 9 de janeiro, 21 de fevereiro e 14 de março. 'Propósitos políticos' Um porta-voz da campanha de Obama, Bill Burton, pediu que seja aberta uma ampla investigação e sugeriu que o governo americano poderia estar usando informações pessoais do senador com "propósitos políticos". "Isso é uma ultrajante violação de segurança e privacidade, mesmo vindo de um governo que tem demonstrado pouca consideração por ambas nos últimos oito anos", disse Burton. "A obrigação do nosso governo é proteger as informações pessoais do povo americano, e não usá-las com propósitos políticos", afirmou o assessor de Obama. "Nós exigimos saber quem viu os dados do passaporte do senador Obama, com que propósito e por que levou tanto tempo para que essa violação de segurança fosse revelada." De acordo com o editor de América do Norte da BBC, Justin Webb, o fato de funcionários temporários conseguirem ter acesso a informações pessoais de um homem que é vigiado pelo servico secreto dia e noite representa uma extraordinária falha de segurança. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.