PUBLICIDADE

Deputadas querem Lei Mariana Ferrer; relembre outros casos que mudaram a legislação

O mais conhecido deles é a Lei Maria da Penha, em referência à farmacêutica que sofreu violência doméstica por 23 anos. Agora, parlamentares querem medida para evitar comportamentos como o que foi visto contra jovem em Santa Catarina

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Um grupo de deputadas estão propondo no Congresso Nacional a criação da Lei Mariana Ferrer, após a repercussão do caso nesta semana. Na audiência que julgou uma denúncia de estupro, a jovem influenciadora digital de Santa Catarina foi alvo de ofensas e humilhações por parte do advogado de defesa do réu. Agora, as parlamentares querem que isso passe a ser considerado "violência institucional", caracterizada quando a vítima não tem a sua integridade garantida ao longo do processo judicial. 

Um dos argumentos para aspropostas é evitar quemulheresse sintam desestimuladas a registrar denúncias de estupro e violência Foto: Dida Sampaio/ESTADÃO

PUBLICIDADE

As propostas ainda deverão passar por tramitação em comissões na Câmara, ao fim do qual poderá ser posto para votação em um processo que também incluirá o Senado e uma eventual sanção por parte do presidente da República. É mais um caso em que um fato de grande repercussão pode acabar batizando uma nova lei criada para combater o problema debatido pela sociedade. As propostas não encontram consenso entre os especialistas. O Estadão reuniu outros casos em que isso ocorreu, sendo o mais notório deles a Lei Maria da Penha. Veja a seguir: 

Lei Maria da Penha

A farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes sofreu violência doméstica do marido por 23 anos - em uma agressão, ele a deixou paraplégica. Maria e organizações internacionais denunciaram o Brasil à Organização dos Estados Americanos (OEA) e o País criou lei específica para punir quem comete violência familiar. Foi sancionada em 2006.

Lei Carolina Dieckmann

Em vigor desde 2013, a lei surgiu após a atriz Carolina Dieckmann ter seu computador invadido. Fotos íntimas dela foram roubadas e divulgadas. A lei criminaliza a invasão de dispositivos para obtenção de dados e informações sem o conhecimento do proprietário do material. A pena pode ser de até três anos de prisão. 

Lei Rose Leonel

Publicidade

A jornalista foi vítima da ‘pornografia de vingança’, após o ex-namorado vazar imagens íntimas. Como consequência, ela perdeu o emprego e precisou mandar o filho de 12 anos morar com o pai. O projeto de lei com seu nome foi aprovado em 2018, alterando a Lei da Maria da Penha e criminalizando o vazamento de imagens íntimas sem autorização. A pena chega a um ano.