A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que a reforma ministerial a ser feita, que pode modificar cerca de um terço do primeiro escalão do governo, deve começar em janeiro e ser concluída até o Carnaval, na primeira semana de março. Dilma fez questão de afirmar, no entanto, que as mudanças não atingirão o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "No que se refere ao ministro Guido, pela vigésima ou trigésima vez eu reitero que o ministro está perfeitamente no lugar onde ele está", disse ao ser perguntada se ele permaneceria no cargo, diante da desconfiança do mercado e desgastes dentro do governo. As substituições devem abranger principalmente ministros que pretendem disputar as eleições no ano que vem e precisam deixar seus cargos seis meses antes do pleito. Dilma já deu início a conversas com aliados para discutir o desenho da reforma, mas não tem revelado nomes de substitutos. "Essa reforma ministerial ela vai ter um período. Pretendo fazê-la do final de janeiro, metade de janeiro, até o Carnaval", disse a presidente durante encontro de final de ano com jornalistas no Palácio do Planalto. "Eu não tenho uma reforma aqui (definida)", disse e evitou detalhar as mudanças. As trocas mais aguardadas são das pastas consideradas cruciais pelo governo como a Casa Civil, e os Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura, Cidades e Saúde, que se transformou em vitrine do governo depois do programa Mais Médicos.
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