Dinheiro não é suficiente para manter Hamilton na McLaren

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Por ALAN BALDWIN

Uma oferta da McLaren que tornaria Lewis Hamilton o piloto mais bem pago da Fórmula 1 não foi suficiente para evitar que o britânico se transferisse para a Mercedes, disse o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, nesta sexta-feira. Embora nenhum número tenha sido divulgado por nenhuma das partes, reportagens da imprensa britânica sugerem que o campeão mundial de 2008 pode estar prestes a receber um salário de 15 milhões de libras (24,29 milhões de dólares) por ano na Mercedes. Questionado se a McLaren havia feito de tudo para convencer o piloto de 27 anos a ficar, Whitmarsh indicou aos jornalistas em uma teleconferência que o dinheiro não era a questão principal. "Nós não chegamos a um acordo com os gestores de Lewis, portanto, Lewis e sua equipe decidiram ir para outro lugar", disse ele. "Nós fizemos uma proposta financeira que é melhor do que qualquer um na Fórmula 1, além dele mesmo, e isso é algo com a qual eu estou confortável." "Eu sei que nós fizemos uma oferta financeira muito, muito grande, maior do que eu acredito que qualquer piloto de Fórmula 1 esteja desfrutando hoje", acrescentou. Hamilton corre pela McLaren, ou com apoio da McLaren, ao longo de toda a carreira. Ele estreou na Fórmula 1 em 2007, embora a Mercedes também tenha sido parceira e co-proprietária da equipe naquela época. A McLaren não ganha um título no mundial de construtores desde 1998, mas tem sido um candidato ao título frequentemente, enquanto a Mercedes tem apenas uma vitória, na China este ano, depois de comprar a Brawn GP em 2009. Perguntado se sentia que Hamilton estava cometendo um erro, Whitmarsh respondeu: "Eu não aconselharia ninguém a deixar a McLaren se quisesse ganhar. Mas eu tenho que respeitar a decisão de Lewis e realmente lhe desejar o bem". O anúncio desta sexta-feira da troca de Hamilton pela Mercedes para 2013, em um contrato de três anos, pôs fim a uma longa saga que dominou o paddock desde o início da temporada. No entanto, Whitmarsh disse que o avanço no caso aconteceu de repente, nos últimos dias, depois do Grande Prêmio de Cingapura no domingo, onde a linguagem corporal entre a McLaren e Hamilton parecia indicar que ele iria ficar. "Descobrimos, finalmente, há dois dias", disse Whitmarsh, que recebeu um telefonema de Hamilton, que estava em algum lugar na Ásia. Ele acrescentou que acreditava ter sido a primeira pessoa para quem o piloto contou. Naquele momento, a McLaren agiu rapidamente para garantir o mexicano da Sauber Sérgio Perez como substituto de Hamilton. A equipe vinha acompanhando de perto as performances dele há alguns meses, acrescentou.

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