PUBLICIDADE

DNA irá comprovar se corpo encontrado é do padre Adelir

PUBLICIDADE

Por CLARISSA THOMÉ E EVANDRO FADEL

Tripulantes do rebocador Anna Gabriela, da Companhia Brasileira de Offshore, a serviço da Petrobras, encontraram restos mortais a 100 quilômetros da costa de Maricá, no Rio de Janeiro, e desconfiaram que seriam do padre Adelir Antônio de Carli, que desapareceu no dia 20 de abril em Santa Catarina, após decolar preso a balões de festa do litoral paranaense, informou a assessoria de imprensa da estatal. O caso foi registrado na delegacia de Macaé, no norte fluminense, que pedirá teste de DNA para identificar o corpo. A Petrobras chegou a informar que os restos mortais encontrados são do padre Adelir. O corpo foi resgatado e o caso, registrado na 123ª Delegacia de Polícia (Macaé), de madrugada, quando voltaram à costa. "Eles acreditaram que poderia ser o padre porque sob a roupa havia vestígios de alumínio. Na verdade, é um aparato bem artesanal, que serviria para proteção do frio e há relatos de que o padre teria usado desse recurso", disse o delegado Daniel José Gomes. No entanto, o chefe do Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, Paulo Alves, disse que os restos mortais encontrados não são suficientes para identificar nem o sexo do morto. "Os despojos chegaram enrolados em linha de pesca, bóias. Não se tratava de um equipamento de vôo, como eles pensaram a princípio. Também não se pode falar em roupas, mas em fragmentos de tecido", afirmou. Alves disse ainda que não é possível afirmar ainda se havia alumínio sob esses fragmentos. "O que havia era um outro tecido com certo brilho, que ainda será analisado." O coordenador do vôo empreendido pelo padre, Ernesto Klein, conversou com o IML em Macaé e disse que há "grandes chances" de o corpo ser de Adelir. "Não há possibilidade de fazer o reconhecimento visual, somente pelo DNA, mas devido às roupas, deve ser ele mesmo", disse. "Apesar da notícia triste, faz-se o fecho da história dele." Família O irmão do padre Adelir, Marcos de Carli, que mora em Palotina, no oeste do Paraná, disse que, caso se confirme que o corpo encontrado é o do religioso, será um "alívio" para a família e para a população, sobretudo de Paranaguá, onde ele era pároco. "Põe um ponto final nisso", afirmou. "Como não havia corpo, sempre tinha esperança de encontrá-lo vivo, mas, se for verdade, vai ser um alívio pelo menos ter encontrado o corpo."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.