A aversão ao risco que se instalou nos mercados, ontem, amparou o ajuste de alta do dólar ante o real em meio às quedas das Bolsas e do petróleo. O humor foi minado pelos dados mais fracos do que os previstos de vendas de imóveis residenciais novos e de encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos. Investidores estrangeiros saíram da Bovespa e compraram dólares para remessas ao exterior. No fechamento, o dólar subiu 0,92%, a R$ 1,7550 no balcão - maior valor desde o último dia 7. No mercado de juros, os investidores evitaram grandes posições antes da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária, hoje. A sessão matutina foi marcada pela continuidade do alívio nas taxas em geral, mas à tarde um leve viés de alta se impôs. A taxa de janeiro de 2011 caiu a 10,20% e a de janeiro de 2012 subiu a 11,49%. Analistas afirmaram que, se a ata vier ''benigna'', a curva tende a apagar prêmios para elevação da Selic no 1º semestre de 2010. Já a Bovespa acentuou a realização de lucros iniciada na véspera, com vendas de estrangeiros. O Ibovespa recuou 4,75%, o maior declínio desde 2/3/2009, A pontuação atingiu 60.162,31 pontos, menor nível desde 24/9/2009.