O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, instaurou ontem processo administrativo contra a Fiat para investigar denúncias de que um suposto defeito no eixo da roda traseira do modelo Stilo tenha provocado ao menos oito acidentes. A montadora tem dez dias para apresentar defesa. As denúncias afirmam que os acidentes teriam sido causados pelo desprendimento da roda traseira. Segundo nota divulgada pelo DPDC, a Fiat já havia sido notificada pelo órgão para apresentar seus esclarecimentos. ?Em resposta, a empresa ignorou os diversos registros de acidentes divulgados e negou o cabimento de recall dos veículos?, diz o comunicado. Dependendo das conclusões da investigação, a montadora poderá ser multada em até R$ 3 milhões, se ficar comprovado que introduziu no mercado veículos que trazem risco à saúde e à segurança do cliente. O Estado informou em sua edição de ontem que comunidades na internet e sites especializados em automobilismo discutem, há mais de um mês, o que teria causado a soltura repentina das rodas, pois os acidentes envolvendo o Stilo têm características semelhantes: o motorista perde o controle do carro após uma das rodas traseiras se soltar e, em seguida, o veículo gira na pista. ?É um fato grave a empresa se recusar a fazer recall. O Código de Defesa do Consumidor tutela com propriedade a saúde e a segurança do usuário, que tem proteção administrativa, civil e penal?, afirmou em nota a diretora substituta do DPDC, Juliana Pereira da Silva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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