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Elefante preocupa moradores da cidade de Mairinque

Animal foi deixado para trás quando circo mudou-se para Sorocaba, onde lei proíbe apresentação de animais

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Foto do author José Maria Tomazela

Um elefante fêmea de 4,5 toneladas permaneceu 20 dias em um galpão da prefeitura de Mairinque, na região de Sorocaba, e causou preocupação aos moradores. O paquiderme pertence ao Circo Stankowich e foi deixado para trás quando o circo mudou-se para Sorocaba, onde uma lei municipal proíbe a apresentação de animais em espetáculos circenses.   A biomédica Osleny Viaro, funcionária do Centro de Controle de Zoonozes de São Paulo, que passava férias em Mairinque, denunciou na quarta-feira, 2, as más condições em que o animal estava alojado. "O galpão não é adequado, pois com sol fica muito quente, e também não há alimentação e água disponível."   Ela disse que o elefante estava inquieto e estressado por estar com a pata acorrentada. Em caso de fuga, poderia ferir pessoas e colocar em risco os usuários da rodovia Raposo Tavares, que passa ao lado do galpão.   Osleny entrou em contato com a assessoria do vereador Roberto Trípoli, líder do PV na Câmara de São Paulo. A denúncia chegou ao comando da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo. Os policiais ambientais de Sorocaba chegaram quando o elefante era removido, mas não encontraram irregularidades.   O animal foi colocado em uma carreta e levado para Sorocaba. O domador Gilberto Luiz Mendes negou os maus tratos. Segundo ele, a fêmea indiana Bambi, de 36 anos, é uma das estrelas do circo e recebe tratamento adequado. "Prender a pata durante a noite é norma do Ibama", disse.   Por ser animal de grande porte, o elefante balança o corpo a fim de melhorar a circulação sanguínea. "Quem não conhece, acha que ele está estressado." O veterinário Ricardo Souza disse que o animal estava bem cuidado.   A prefeitura informou que apenas cedeu o galpão, no antigo recinto da feira da cidade. O circo, do empresário Marlon Stankowich, tem 160 anos de história e, nos últimos anos, causou polêmica por utilizar animais - além da fêmea de elefante, tigres e chimpanzés - nos espetáculos.   Segundo Marlon, o elefante está avaliado em US$ 180 mil. "Deixá-lo sem cuidados é o mesmo que jogar uma fortuna fora."

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