A Eletrobras espera receber indenização do governo de cerca de 30 bilhões de reais no processo de renovação antecipada das concessões do setor elétrico, por ativos do grupo ainda não amortizados, disse o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, nesta quarta-feira. Segundo ele, esse é o valor contábil não amortizado dos ativos da Eletrobras cujas concessões venceriam entre 2015 e 2017. "A gente espera que seja próximo do nosso valor contábil, de 30 bilhões (de reais)", disse Carvalho Neto a jornalistas antes de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A expectativa do governo, porém, é de cobrir todos os valores de indenização --da Eletrobras e de todas as outras empresas envolvidas na renovação-- com os cerca de 20 bilhões de reais do fundo da Reserva Global de Reversão (RGR), encargo que tem como uma das finalidades justamente esse tipo de indenização. O governo vai divulgar na quinta-feira os valores das indenizações e as novas remunerações dos ativos de geração e transmissão que terão as concessões renovadas de modo antecipado. "Amanhã é um dia importante, amanhã é que nós vamos saber quanto vai ser", disse o presidente da Eletrobras. Os números deverão ser publicados no Diário Oficial da União. A expectativa de Carvalho com relação às indenizações mexeu positivamente com as ações da Eletrobras, com os papéis preferenciais acelerando a alta para até 3 por cento logo após a declaração do executivo, em Brasília. Às 12h07, as ações da Eletrobras operavam com alta de 2,75 por cento, a 16,44 reais, enquanto o Ibovespa registrava queda de 0,67 por cento. (Por Leonardo Goy)
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