Um empresário xiita ligado ao grupo oposicionista Wefaq morreu na terça-feira sob custódia da polícia do Barein, disse o grupo, enquanto a filha de um ativista preso anunciou uma greve de fome. A imprensa estatal e as autoridades não se manifestaram sobre a notícia da morte de Kareem Fakhrawi, anunciada por um membro do Wefaq. No mês passado, o regime sunita do Barein reprimiu com rigor as manifestações da maioria xiita, inclusive pedindo auxílio militar da vizinha Arábia Saudita. O governo já prendeu centenas de xiitas, substituiu os editores de um jornal da oposição e demitiu centenas de funcionários públicos xiitas que faltaram ao trabalho durante uma greve no mês passado. Mattar Mattar, porta-voz do Wefaq, disse que Fakhrawi morreu uma semana depois de ficar preso em uma delegacia à qual havia comparecido para se queixar da demolição da sua casa por policiais. "Ou ele estava doente e não recebeu tratamento, ou foi torturado", afirmou. Fakhrawi foi a quarta pessoa a morrer sob custódia policial nos últimos dias no Barein. O governo nega que haja torturas, e diz que todas as acusações serão investigadas. (Reportagem de Frederik Richter com reportagem adicional de Erika Solomon em Dubai)