Equador recorre de novo à OEA por causa da Colômbia

Confirmação de morte de equatoriano em ataque contra Farc causa novo protesto.

PUBLICIDADE

Por Da BBC Brasil
1 min de leitura

O governo do Equador pediu ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que intervenha "a fim de se achar uma solução definitiva para o caso" entre o país e a Colômbia, depois de confirmado que um cidadão equatoriano morreu no bombardeio colombiano a um acampamento rebelde no Equador. Em um comunicado, a chancelaria equatoriana destacou que "recebeu com grande preocupação a confirmação da morte do cidadão equatoriano Franklin Aisalia Molina" durante a operação contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no dia 1º de março. O ministro da Defesa do Equador, Wellington Sandoval, garantiu que essa confirmação, anunciada pela Colômbia no domingo, comnplica as relações já deterioradas com o país vizinho, pois "este é um equatoriano que foi morto em um ataque de um país estrangeiro em solo equatoriano". O corpo de Franklin Aisalia Molina foi retirado do território equatoriano pelo Exército colombiano juntamente com o de Raúl Reyes, líder das Farc. Segundo o governo do Equador, o pedido feito à OEA se justifica pois o caso de Aisalia tem ligação com a resolução que os chanceleres do organismo aprovaram rechaçando a operação das forças armadas colombianas por violar a soberania territorial equatoriana. Anteriormente, o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, havia declarado que esperava que a confirmação da morte do equatoriano não viesse a prejudicar as frágeis relações entre os dois países. Já foi confirmado que o pai do equatoriano morto, Guillermo Aisalia, viajará à Colômbia para acompanhar a repatriação do corpo do filho. O Equador "vai apoiá-lo na busca de reparações a que têm direito, assim como na exigência de explicações das autoridades colombianas em torno das circunstâncias da morte", disse a nota oficial. O governo equatoriano assegurou ainda que qualquer vínculo de Aisalia com as Farc primeiro deverá ser provado "através dos canais legais pertinentes". A nota da chancelaria equatoriana conclui afirmando que o governo "não aprova o uso de violência por parte das Farc" e que seguirá agindo para impedir a entrada e presença de grupos irregulares no Equador. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.