PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Baixe e ouça as principais notícias e análises

Podcast 'No Ritmo da Vida': #53 Maestro João Carlos Martins

PUBLICIDADE

Maestro João Carlos Martins é o concertista que mais gravou o compositor de Música Clássica Johann Sebastian Bach. A partir da dedicação à obra, ele idealizou a Bachiana Filarmônica SESI-SP, na qual é regente e diretor artístico. Sobre o trabalho e sua carreira, Martins conversa com Antônio Penteado Mendonça.

PUBLICIDADE

"De uma adversidade, ou você salta para um abismo ou cria uma plataforma para voar mais alto", diz o convidado - ele próprio, um ótimo exemplo disso. Aos sete anos, por questões de saúde, o pai deu seu primeiro piano, pois "achava que quem toca Bach poderia se realizar como pianista excepcional", conta, sobre o ponto de partida para sua dedicação à obra do alemão. Também começou aí sua admiração. Para o Maestro, o cravista é "a síntese e a profecia de tudo que aconteceu na Música Ocidental".

Mais de uma década depois, começaram os primeiros sintomas da Distonia Focal do Músico - "uma prima distante do Mal de Parkinson", considerada doença rara, que até hoje não tem cura, e que acometeu João Carlos Martins aos 18 anos. Desde lá, foram 29 operações, a maioria nas mãos. "Quando soube que nunca mais poderia tocar piano profissionalmente, disse 'a música tem que vencer'", lembra. Seu instrutor de regência foi o também maestro e arranjador Julio Medaglia, com quem preparou-se para o que viria a ser uma trajetória de mais de 2 mil concertos, em ao menos 60 países, com média de 100 apresentações por ano.

Em maio de 2025, Martins faz uma luxuosa despedida dos palcos, com apresentação no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Para lembrar o marco de que esta será sua 30ª vez na cidade, os ingressos custarão US$ 30. Mas o convidado não pretende parar completamente: "vou continuar lutando, por mais uns dois anos, com minha mão esquerda, para tentar reiniciar como pianista internacional. Tenho 20% do caminho andado, mas sei que é uma luta muito difícil", conclui.

 
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.