Desde 1950, a "Rádio dos Melhores Ouvintes" é parte da história paulistana, integrando e encampando pautas importantes para a cidade. Sobre a importância desta abordagem jornalística e a elaboração de uma das mais singulares programações musicais de São Paulo, Antonio Penteado Mendonça conversa com Emanuel Bomfim, diretor executivo da Rádio Eldorado.
"Sempre foi meu sonho trabalhar na Eldorado", inicia o convidado, lembrando que está há 18 anos por trás dos microfones. Ele conta que a emissora é uma das mais antigas da capital paulista e uma de suas melhores definições é ser uma "Rádio que não parece Rádio". "Eldorado é tão original em tudo que faz, sem ceder às convenções de mercado, que isso a torna única", derrete-se o diretor.
Penteado, por sua vez, lembra que a antena da Eldorado ficava na Serra do Mar, pois assim não poderia penetrar para o interior do Brasil, uma vez que os governos tinham medo da independência do Grupo Estado. De acordo com ele, "O grupo entendia que o veículo tinha de ser uma rádio divulgadora de cultura. Sempre foi um espaço de muita qualificação, voltado para um público qualificado, mas com características muito próprias - que mantém até hoje", lembra. Ao mesmo tempo, Emanuel Bomfim afirma que a emissora não se furtou em promover revoluções. "Queremos mostrar que podemos falar de diversos universos e sempre de maneira interessante e que acrescenta repertório na vida das pessoas - por entreter mas também por ser instigante", completa.
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