Estudo mostra recuo na debilitação de vítimas de derrame

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Por Agencia Estado
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Mesmo cinco anos depois de sofrer um derrame cerebral, pessoas foram capazes de recuperar o uso do braço afetado quando seu braço bom ficou preso durante duas semanas de terapia intensiva, mostra um novo estudo. A pesquisa foi pequena, mas é a melhor evidência até agora de que este tratamento pode ajudar a recuperar o movimento em centenas de milhares de vítimas de derrame deixados com membros prejudicados. "Mesmo se já faz um longo tempo desde o derrame, ainda há esperança de recuperação", disse a co-autora do estudo, Gitendra Uswatte, professora-assistente de psicologia na Universidade do Alabama. Esse é o segundo estudo em duas semanas a reportar sucesso na terapia "de uso forçado", em que o braço bom do paciente é imobilizado enquanto uma terapia física intensiva é feita diariamente no membro prejudicado. A idéia é tentar encorajar o cérebro a se reprogramar e enviar mais sinais à área danificada, para ajudar na recuperação. Tradicionalmente, os médicos pensavam que a recuperação máxima era atingida entre seis meses e um ano depois do derrame. Porém, o novo estudo sugere que existe esperança depois disso. Os pesquisadores submeteram 21 pessoas, com danos de médios a moderados em seus braços, cerca de cinco anos depois de sobreviver a uma derrame, à terapia de impedimento por dez dias. Um grupo de comparação de 20 sobreviventes semelhantes passaram por um programa normal de exercícios. O grupo dos exercícios não apresentou melhoras significativas. Porém, o grupo forçado teve de usar o braço debilitado em atividades do dia-a-dia como segurar um livro, usar uma toalha, apanhar um copo ou escovar os dentes. Em alguns dos casos mais dramáticos, os pacientes começaram a usar o braço afetado para escrever novamente. "Isso não foi conseguido com meses de tratamento, foram apenas dez dias", disse o médico Milton Thomas, do Instituto de Reabilitação Baylor. O autor do estudo, Edward Taub, professor de psicologia na Universidade do Alabama, disse que há um fenômeno de "use ou perca" depois de um derrame - se o paciente evitar o uso dos membros debilitados, ele vai ficar cada vez mais fraco. Entretanto, os médicos avisam que a terapia só deve ser feita com acompanhamento de um fisioterapeuta.

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