Exército faz cerco ao tráfico para recuperar fuzis

Os militares querem que os criminosos devolvam dez fuzis e uma pistola, roubados

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Exército adotou a estratégia de sufocar o tráfico de drogas no Complexo do Alemão a fim de que os criminosos devolvam dez fuzis e uma pistola, roubados na madrugada de sexta-feira do Estabelecimento Central de Transportes (ECT). Trezentos militares permanecem nos acessos da favela Nova Brasília, onde vive um ex-cabo do Exército suspeito de ter participado da ação. Outros 200 homens foram distribuídos entre as favelas de Jacarezinho, Manguinhos e Vila dos Pinheiros. A operação está a cargo do general Sérgio Curado, do Comando Militar do Leste. "Esse foi o maior roubo cometido em instalações do Exército e a resposta tem de ser à altura. Temos que recuperar essas armas e vamos ficar lá por tempo indeterminado", afirmou o assessor de imprensa do CML, coronel Fernando Lemos. Os 300 homens da Favela Nova Brasília estão se revezando em plantões de 24 horas. Nesta manhã, a Polícia do Exército foi substituída pela Companhia de Brigada Pára-quedista e pela 9.ª Brigada (Vila Militar). O serviço de inteligência do CML tem informações de que o ex-cabo participou ou do roubo ou do planejamento da ação. Além dos militares, 150 PMs também participam da operação. Um helicóptero da polícia e o veículo blindado do Batalhão de Operações Especiais dão apoio à ação do Exército. Até o início da tarde ninguém havia sido detido. AFRONTA O roubo foi uma afronta para o Exército. Sete homens armados, com roupas de camuflagem e toucas ninjas, invadiram o ECT, atravessaram todo o quartel a pé, dominaram os soldados que estavam na sala do corpo da guarda e arrombaram o armário em que estava o armamento. Os militares foram agredidos. Um inquérito policial militar (IPM) foi aberto e tem prazo de 40 dias para ser concluído, prorrogáveis por mais 20. O chefe de relações públicas do CML, coronel José Guimarães Barreto Júnior, informou que o serviço de inteligência já levantou possíveis endereços onde o armamento estaria escondido e mandados de busca e apreensão foram cumpridos. "Como não temos poder de polícia, empregamos todos os meios necessários para o cumprimento dos mandados e acompanhamos os agentes da Core (Coordenadorias de Recursos Especiais da Polícia Civil)", afirmou Barreto. Ele não informou o número de mandados emitidos pela Justiça Militar a pedido do Ministério Público Militar. Órgãos de inteligência da Marinha e da Aeronáutica auxiliam o Exército na busca por pistas do armamentos. No início da tarde, militares do 1º Batalhão de Infantaria Montada do Exército começaram a revistar pessoas que entravam e saíam das favelas de Manguinhos e Vila Pinheiros .

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