BEIRUTE - As Forças Armadas sírias iniciaram uma renovada ofensiva na cidade de Alepo, no norte do país, nesta quarta-feira, 16, informou a mídia estatal, um dia depois de 87 pessoas serem mortas em explosões na universidade da cidade. A agência de notícias estatal Sana disse que o Exército matou dezenas de "terroristas" - termo que o governo sírio usa para descrever os rebeldes que tentam depor o presidente Bashar Assad - no novo confronto. A Reuters não pôde verificar de forma independente as informação devido às restrições impostas na Síria à mídia independente. "As Forças Armadas realizaram diversas operações especiais contra os terroristas mercenários em Alepo e no interior, infligindo grandes perdas a eles em diversas regiões", disse a Sana. Alepo está dividida quase igualmente entre o governo e as forças rebeldes. A Sana disse que dezenas de "terroristas" foram mortos nos focos de resistência rebelde de Sukari, Bab al-Hadeed e Bustan al-Qasr. As forças do governo também mataram militantes em al-Laramon, região de Alepo da qual o governo sírio diz que dois foguetes foram disparados para a Universidade de Alepo na terça-feira, acrescentou a agência. Caso confirmada, a informação do governo sobre um ataque com foguete insinuaria que rebeldes na região teriam conseguido acesso a armas mais potentes do que as usadas anteriormente. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo de monitoramento sediado na Grã-Bretanha, disse que 87 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas nas explosões, mas não pôde identificar a origem das explosões. A organização disse que o número de vítimas pode subir para mais de 100, uma vez que havia partes de corpos que ainda não tinham sido identificadas.