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Exposição em SP explora o processo do conhecimento

Museu da Língua Portuguesa abriga mostra que aborda as bibliotecas

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Em tempos em que estudantes com dúvidas preferem pesquisar no Google a perguntar ao professor - conforme estudo recente da Birmingham Science City (Grã-Bretanha) -, a cidade de São Paulo recebe a partir de hoje uma exposição cujo tema é a biblioteca. A mostra Conhecimento: Custódia e Acesso fica até 30 de abril no Museu da Língua Portuguesa, na Luz, região central da capital.A exposição não fala só do acúmulo de livros. Quer explorar o resgate, a preservação e o acesso ao conhecimento - e não deixa de refletir sobre os desafios impostos pela internet e pela sensação de que tudo que se quer está a um clique. "A biblioteca não trabalha só com a busca, mas também com a concepção do conhecimento", afirma a professora Sueli Ferreira, do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (Sibi).A ideia de fazer a mostra surgiu há um ano, como forma de marcar os 30 anos do Sibi - que é parceiro do museu e da Secretaria Estadual de Cultura na realização. Também marca a estreia da completa unificação dos sistemas das 44 bibliotecas da USP. "Todo o acervo, que tem obras raras, pode ser consultado agora pelos alunos e pesquisadores de modo unificado", explica Sueli.Focada no conhecimento, a exposição começa com a Criação de Adão, obra de Michelangelo - em que Deus cria Adão com o toque da ponta do dedo. "É o upload do conhecimento de Adão", afirma, com humor, o curador, Marcos Galindo.O objetivo de Galindo é que os visitantes passem, ao longo da exposição, pelo processo de criação do conhecimento, da custódia dele até seu acesso. "É a primeira exposição sobre bibliotecas depois da revolução da internet", explica o curador. "Centramos no conhecimento, mas queremos criar uma experiências sensorial, com mais questões do que respostas."Atenção especial recebem a Semana de Arte Moderna de 1922, Mário de Andrade e Rubens Borba de Moraes - bibliotecário que foi figura central na Semana e na criação da biblioteca municipal. O público poderá ver obras raras do acervo da USP, incluindo uma edição original da revista Klaxon - ícone da época -, e folheá-la em um computador. Os visitantes podem fazer o download da revista e de outros conteúdos da exposição por meio do código QR - aplicativo de dados para celular. A exposição é toda acessível para deficientes.A entrada é grátis. A exposição está no portão 1 - uma nova sala para mostras que será inaugurada hoje.

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