FAB intercepta avião com contrabando no interior de SP

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Por CHICO SIQUEIRA

O monitoramento do espaço aéreo por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou hoje um avião carregado com contrabando, possibilitando a apreensão de aproximadamente R$ 200 mil em mercadorias de informática no aeroporto de Penápolis, interior de São Paulo. A apreensão se deu depois após um Super Tucano ser chamado para perseguir o avião, modelo Sertanejo, PT-RAO, por 30 minutos. Depois de ser ameaçado com um tiro de advertência, o Sertanejo pousou no aeroporto de Penápolis, onde a mercadoria e aparelho foram apreendidos. O piloto conseguiu fugir.A descoberta do avião ocorreu por meio do monitoramento do espaço aéreo, realizado sistematicamente em diversas regiões do País. A interceptação foi feita por um avião modelo R- 99 A (assim como o Super Tucano também fabricado pela Embraer) que possui um grande radar no teto e é usado nos serviços de controle do espaço aéreo. O Sertanejo chamou atenção porque sobrevoava a baixa altitude para fugir dos radares e das orientações de voo. Depois de se recusar a fornecer sua identificação, como número de matrícula da aeronave e destino do voo, o Sertanejo começou a ser perseguido pelo Super Tucano. Sem responder aos contatos por rádio, o piloto do aparelho baixou as cortinas laterais para não ser identificado ao visualizar o tucano. A partir daí, o Tucano recebeu instruções do comando para fazer o "voo sombra" (acompanhar o aparelho sem ser identificado). Trinta minutos depois, pensando em estar livre da perseguição, o Sertanejo pousaria no aeroporto de Penápolis. O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) comunicou a Polícia Federal, que por sua vez avisou a PM de Penápolis para fazer a apreensão. No entanto, nem uma das duas polícias conseguiu prender o piloto, que fugiu assim que pousou o aparelho próximo de uma oficina mecânica instalada no aeroporto.A Polícia Federal apreendeu o aparelho e a carga de contrabando, formada por notebooks e outros aparelhos de informática, avaliada pela PF em R$ 200 mil. O piloto do avião Sertanejo foi identificado pela polícia, assim como os proprietários da aeronave. Mas o delegado da PF Rodney Loureiro dos Santos disse que não poderia revelar os nomes para não atrapalhar as investigações. Segundo o delegado, um inquérito foi aberto para apurar o crime de contrabando.

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