Membros do grupo palestino Fatah e de um pequeno grupo islâmico denominado Jund al-Sham entraram em confronto nesta sexta-feira em um campo de refugiados no sul do Líbano. Durante quase duas horas, integrantes das duas facções trocaram tiros de metralhadora e foguetes em Ain al-Hilwe, um campo de refugiados palestinos densamente habitado, localizado nos arredores da cidade de Sidon. Diversas pessoas ficaram feridas e dezenas de civis tiveram de fugir do campo durante os enfrentamentos, que se seguiram à prisão de Samir Maarouf, um alto comandante do Jund al-Sham capturado pelo Fatah na quinta-feira. O Fatah entregou Maarouf ao Exército libanês, acusando-o de propagar a violência. O Jund al-Sham é um grupo radical dissidente formado em 2002. Estima-se que a facção tenha cerca de 50 membros armados. O nome do grupo significa "Exército da Grande Síria" e se refere à área em que hoje estão a Síria, o Líbano e os territórios palestinos que, segundo o grupo, formam uma única terra muçulmana. O grupo é acusado de diversos ataques à bomba e confrontos armados no Líbano e na Síria. No ano passado, o Jund al-Sham lutou contra tropas libanesas depois de se unir a uma revolta iniciada por outro grupo, o Fatah al-Islam, no campo de refugiados de Nahr al-Bared. O Líbano tem 12 campos de refugiados palestinos, dos quais o de Ain al-Hilwe é o maior. As as autoridades libanesas não podem ingressar no campo, que está sob jurisdição palestina. Autoridades de segurança palestinas se reuniram dentro do campo para tentar restaurar a ordem. O prefeito de Sidon, Abdul Rahman Bizri, disse à BBC que as facções concordaram com um cessar-fogo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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