Fazendeiro é acusado de mortes e ameaça a procurador

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Por Agencia Estado
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Acusado de ser um dos líderes do crime organizado no sul do Pará e no Tocantins, está preso na sede da Polícia Federal (PF), em Belém, o fazendeiro Aldimir Lima Nunes, o "Branquinho". Foragido da Penitenciária de Marabá e acusado de ameaçar de morte um procurador da República, ele foi preso na semana passada numa praia de Fortaleza e deverá ser transferido para a penitenciária de segurança máxima de Americano, em Santa Isabel do Pará. Nunes responde a inquéritos por dois homicídios praticados na região de Ananás (TO), e outros na região do Rio Iriri (PA), grilagem de terras e trabalho escravo em suas fazendas. Ele também está sendo processado por ameaçar de morte o procurador da República no Tocantins, Mário Lúcio Avelar, e o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), frei Xavier Plassat. Mário Lúcio, por conta das ameaças de Nunes, foi transferido para Brasília. No dia 5 de novembro do ano passado, o fazendeiro fugiu inexplicavelmente pela porta da frente da penitenciária de Marabá. Embora haja suspeita de facilitação na fuga, ninguém foi punido. O superintendente da Polícia Federal no Pará, José Ferreira Sales, disse que Nunes ficará na penitenciária de Americano até o julgamento de seus crimes pela Justiça Federal. "Não devo nada a ninguém, muito menos à Justiça, e vou provar a minha inocência", afirmou o fazendeiro ao desembarcar hoje em Belém. Com um pano encobrindo o rosto, Nunes também negou as ameaças ao procurador Mário Lúcio. "Não sei como essa história surgiu." Para os policiais federais, o fazendeiro é perigoso. Ao ser recapturado em Fortaleza ele estava armado de revólver, mas não teve tempo de utilizar a arma. Por conta disso, responderá a outro processo, por porte ilegal de arma.

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