O Brasil tem 51,5% dos domicílios sem acesso à rede geral de esgoto, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentado hoje. Se for mantido o ritmo dos últimos 14 anos, o País precisará de 56 anos para reduzir à metade o déficit de saneamento atual. O economista Marcelo Néri, pesquisador da FGV, disse que o investimento previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um bom primeiro passo, mas não é suficiente. "Não é fácil, por exemplo, um prefeito gastar bem os recursos. Esse é um problema geral, mas na área de saneamento é mais grave porque é algo subterrâneo, que as pessoas não têm consciência da importância. Afeta quem não vota, as crianças. Ou seja, é uma causa frágil e que precisa de participação da sociedade", disse Néri.
