FGV: falta de esgoto atinge mais crianças de 1 a 6 anos

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Por AE
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A pesquisa "Impactos Sociais de Investimentos em Saneamento", divulgada hoje pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Organização Não-Governamental (ONG) Trata Brasil, aponta que são as crianças com idade entre 1 e 6 anos as principais vítimas da falta de esgoto no Brasil. O cruzamento de estudos como as Pesquisas Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de outras pesquisas da instituição e dos Ministérios das Cidades e da Saúde, levou à constatação de que os menores nessa faixa etária morrem 32% mais quando não dispõem de esgoto tratado. Bebês com menos de 1 ano têm riscos menores de morrer por causa de doenças relacionadas à ausência de saneamento porque ficam mais em casa, portanto, protegidos das moléstias. Ainda segundo o trabalho, a maior parte das mortes relacionadas à falta de saneamento básico entre crianças de 1 a 6 anos acontece com meninos porque esses brincam mais fora da habitação. Outras vítimas da falta de tratamento de esgoto são as grávidas. As possibilidades de que os filhos dessas mulheres nasçam mortos aumenta em 30%, em comparação às mães que moram em regiões com condições sanitárias adequadas. Caçula A pesquisa também mostra estatísticas sobre mortalidade do filho caçula, sob a perspectiva de acesso a vários serviços. As maiores taxas de mortalidade ocorrem em domicílios com baixo acesso a água (4,48%), sem acesso a esgoto tratado (2,78%), sem água nem esgoto (4,295), sem banheiro na propriedade (4,78%), sem lixo coletado (4,01%) e sem iluminação elétrica (3,83%).

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