Filha pressiona ONU a investigar morte de Gaddafi

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Por CHRISTIAN LOWE
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A filha de Muammar Gaddafi receia que a morte do seu pai não esteja sendo suficientemente investigada por uma comissão da ONU que apura violações aos direitos humanos durante o conflito de 2011 na Líbia. Gaddafi foi morto em 20 de outubro, em circunstâncias ainda obscuras. Nas últimas imagens em que ele aparece com vida, o ex-governante aparece ensanguentado e desorientado, sendo arrastado por uma estrada logo depois de ser capturado num esconderijo. A captura e morte de Gaddafi, que antes disso havia passado vários meses foragido, marcou de modo sinistro o fim da guerra civil líbia, mas muita gente no país se disse satisfeita em ver o ditador ter um fim violento. Em carta enviada ao presidente da comissão de inquérito da ONU, um advogado que representa Aisha, filha de Gaddafi, questionou se violações cometidas por ambas as partes em conflito estão realmente sendo investigadas. A carta diz que Aisha espera que a comissão analise minuciosamente o assassinato de Muammar Gaddafi e de seu filho Mo'tassim, morto na mesma ocasião. "Esses assassinatos foram testemunhados por todo o mundo e foram sumariamente condenados por aqueles que defendem o Estado de direito. É inconcebível, portanto, que a comissão de inquérito se recuse a investigar essas questões", disse a carta. O advogado, chamado Nick Kaufman, disse que os investigadores da ONU a serviço da comissão já realizaram dezenas de entrevistas, mas não pareceram interessados no depoimento de Aisha Gaddafi ou de outros familiares.

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