Os negócios de fusões e aquisições no setor de mineração encolheram 31 por cento no primeiro semestre deste ano, aponta pesquisa global da PricewaterCoopers recém-concluída e disponível no site da consultoria. O número de transações diminuiu de 1.371 nos seis primeiros meses de 2011 para 940 no mesmo período deste ano, com impacto das incertezas da economia global com a crise europeia e o menor crescimento da China. "As incertezas com a economia mundial, com mercados muito voláteis e aversão às bolsas, geraram um impacto nestas transações, mas isso deve se reverter em breve, com a percepção de que a demanda existente por metais e minério é grande... isso não muda no médio prazo", afirmou à Reuters o sócio da PwC, André Castello Branco, a poucas horas de apresentar uma palestra sobre o tema em evento da consultoria no Rio de Janeiro. Graças à operação entre Glencore e Xtrata, anunciada em fevereiro, o valor total das negociações para o primeiro semestre alcançou 79 bilhões de dólares, ante 71 bilhões de dólares do mesmo período de 2011, informou a consultoria. Negócios com atividades de ouro lideraram o ranking de fusões e aquisições no primeiro semestre, reestabelecendo sua primeira posição ante outros produtos, como cobre e carvão. A pesquisa também destaca negócios com ativos de terras-raras, importante matéria-prima usada na produção de eletrodomésticos e combustíveis, cuja extração atualmente é bastante concentrada na China. O Canadá liderou as operações de fusões e aquisições no primeiro semestre, excluindo a megaoperação entre Xtrata e Glencore. A China é a segunda maior negociante no setor de mineração, mostra a pesquisa. Uma outra pesquisa divulgada em julho pela consultoria, mostra que investimentos no setor em todo o mundo neste ano devem chegar a 140 bilhões de dólares, segundo sua assessoria de imprensa. (Reportagem de Sabrina Lorenzi)
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