O senador John McCain, pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira, 26, que o G8 - grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo e a Rússia - deveria incluir o Brasil e a Índia, mas excluir a Rússia. A declaração do pré-candidato republicano fez parte de um discurso sobre política internacional, realizado em Los Angeles, na sede californiana do instituto de pesquisas World Affairs Council, informou a BBC. Veja também: Arrecadação eleitoral dos EUA supera PIBs africanos Hillary critica Obama por ligação com pastor de polêmica racista Confira a disputa em cada Estado Conheça a trajetória dos candidatos Cobertura completa das eleições nos EUA De acordo com o senador, os Estados Unidos precisam lidar com os "perigos representados por uma Rússia revanchista". Uma das maneiras de fazer isso, segundo McCain, seria "garantir que o G8, o grupo de oito nações altamente industrializadas, se torne novamente um clube das principais democracias de mercado: ele deveria incluir Brasil e Índia e excluir a Rússia".O candidato republicano declarou ainda que "em vez de tolerar a chantagem nuclear da Rússia ou os seus 'cyberataques', as nações ocidentais deveriam deixar claro que a solidariedade da Otan, do Báltico ao Mar Negro, é indivisível e que as portas da organização permanecem abertas a todas as democracias comprometidas com a defesa da liberdade." Novas lideranças McCain citou uma declaração do ex-presidente americano Harry Truman sobre o papel de liderança exercido pelos Estados Unidos - "Deus nos criou e nos colocou na atual posição de poder e força por alguma grande razão". O candidato afirmou que, no século 21, os Estados Unidos ainda devem seguir liderando, como no período de Truman, mas destacou que o conceito de liderança atualmente não é o mesmo do período posterior à Segunda Guerra Mundial. Para o senador, naquela época, "a Europa e outras democracias ainda estavam se recuperando da devastação causada pela guerra, e os Estados Unidos eram a única superpotência democrática." "Hoje, não estamos sozinhos", acrescentou. "Existem poderosas vozes na União Européia, e existem as grandes nações da Índia e do Japão, da Austrália e do Brasil, da Coréia do Sul e da África do Sul, da Turquia e de Israel, para citar apenas algumas das democracias líderes." Sobre a América Latina, McCain voltou a citar outro ex-presidente democrata dos Estados Unidos, desta vez John Kennedy, ao lembrar um afirmação dele em relação ao continente. "Há quatro décadas e meia, John Kennedy descreveu o povo da América Latina como 'nossos fortes e antigos amigos, unidos pela história e pela experiência e por nossa determinação em fazer avançar os valores da civilização americana'." O senador acrescentou que "com a globalização, o continente se tornou mais próximo, mais integrado e mais independente". Para McCain, "a América Latina atualmente é cada vez mais vital para o destino dos Estados Unidos". De acordo com candidato, "as relações com os vizinhos do sul devem ser regidas pelo respeito mútuo, não por um desejo imperial ou por demagogia antiamericana". A declaração soou como uma referência ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, descrito por Washington como um líder com pretensões imperiais e adepto de uma política antiamericana. O senador concluiu dizendo que "o contintente poderá ser o primeiro hemisfério completamente democrático, onde o comércio é livre e cruza todas as barreiras, onde o império da lei e o poder dos livre mercados contribuem para aprimorar a segurança e a prosperidade de todos." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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