Garibaldi foi governador duas vezes e presidiu o Senado

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Por Redação

De família tradicional do Rio Grande do Norte, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), confirmado nesta quarta-feira ministro da Previdência Social do governo Dilma Rousseff, teve intensa carreira política. Eleito este ano para um terceiro mandato de senador válido até 2018, recebeu mais de 1 milhão de votos, recorde no Estado. Foi duas vezes governador do Rio Grande do Norte, prefeito de Natal e três deputado estadual. Em 2007, com a renúncia do então presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), crivado de denúncias, Garibaldi tornou-se candidato único e assumiu o posto, com mandato até 2009. O senador, de 63 anos, teve atuação na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos como relator, em 2005. A comissão iniciou investigando denúncias que vieram à tona com a divulgação de uma fita na qual Waldomiro Diniz, na época assessor do então ministro José Dirceu na Casa Civil, aparecia cobrando propina da máfia do jogo no Rio de Janeiro para financiar campanha do PT. No relatório final, pediu o indiciamento de cerca de 80 pessoas. Primo do líder do PMDB na Câmara Henrique Eduardo Alves (RN), sua indicação para ocupar a Previdência coube a Renan Calheiros. Garibaldi deixa a porta aberta para que José Sarney (PMDB-AP) volte a concorrer à presidência do Senado em 2011. Garibaldi teria intenção de voltar a disputar o posto. Formado em Direito e jornalista de profissão, começou a vida pública em 1966 como chefe da Casa Civil da Prefeitura de Natal. Sobre os desafios que terá à frente do novo cargo, Garibaldi se declarou pronto para comandar a pasta. "Vai ser um desafio, mas eu acho que eu estou (preparado). Todos nós temos que um dia responder a um desafio maior", afirmou o senador pouco depois de aceitar o convite da presidente eleita. A pasta da Previdência confere pouca possibilidade de investimento, uma vez que os recursos têm destinação para o pagamento dos benefícios a aposentados. (Reportagem de Carmen Munari)

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