Garota que queimou colega em SP continua foragida

Vítima está internada na UTI do Hospital Universitário da USP, em coma induzido

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Por Solange Spigliatti
1 min de leitura

A adolescente de 16 anos que queimou, na segunda-feira, 10, a estudante Grazielli de Oliveira Menequelli, de 14 anos, continua foragida, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP). A agressora jogou gasolina no corpo da vítima por volta das 12h30, após uma discussão na saída da escola, no Jardim Arpoador, na zona oeste de São Paulo.   De acordo com as amigas, a vítima procurou a agressora na saída das aulas para perguntar "por que ela estava olhando feio para o seu grupo". Colegas relataram que as duas ficavam em turmas diferentes, que já haviam trocado agressões na sexta-feira. "Aí, foi tudo muito rápido. Ela (a agressora) tirou a gasolina de dentro da mochila, jogou e ateou fogo com isqueiro. Só percebemos quando o fogo começou", contou L., de 15 anos. Quem estava próximo usou as camisetas para conter as chamas. Grazielli pediu socorro até desmaiar. Operada e internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário da USP, está em coma induzido. A maior preocupação dos médicos é com a traquéia, totalmente queimada. A agressão dividiu os alunos. Para alguns, a agressora já tinha levado a gasolina com a intenção de queimar a vítima, por ter inveja de sua beleza. Mas há quem defenda a colega mais velha. "O pessoal zoava muito com ela porque era chapinha (boa aluna)", disse um amigo. Parentes da agressora - a caçula da família, que tem 14 irmãos e veio no fim do ano do Paraná para São Paulo - também não conseguem explicar o que aconteceu - "ela é meiga e trabalhadora". A irmã de 31 anos a achou em casa, bastante ferida pelos colegas da vítima e em estado de choque. O caso foi registrado no 75º DP como ato infracional - e não tentativa de homicídio, como pedia o pai da vítima. "É o Brasil em que nós vivemos."   (Colaborou Marici Capitelli, do Jornal da Tarde)

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