O governo central registrou superávit primário de 20,809 bilhões de reais em janeiro, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, o maior da história para esses meses. Um ano antes, o saldo havia ficado positivo em 14,201 bilhões de reais e em dezembro passado, em apenas 2,017 bilhões de reais. Já a Previdência Social, no mesmo período, apresentou déficit de 3,005 bilhões de reais, ainda segundo dados do Tesouro. Em janeiro de 2011, as contas da Previdência tiveram déficit de 3,021 bilhões de reais. No mês passado, os investimentos somaram, incluindo o programa Minha Casa Minha Vida, 6,5 bilhões de reais, queda de 17,4 por cento em relação à janeiro de 2011. Isso mostra que o governo está contendo os gastos, como havia antecipado a Reuters no começo do mês. A partir de agora, o Ministério da Fazenda passa a contabilizar o Minha Casa Minha Vida como investimento, antes ele entrava na conta do Tesouro como subsídio. No mês passado, a receita líquida total atingiu 86,821 bilhões de reais, e as despesas 66,012 bilhões de reais. As transferências a estados e municípios ficaram em 15,622 bilhões de reais. META CHEIA O governo cortou em 55 bilhões de reais as despesas do Orçamento 2012, prometendo cumprir a meta cheia de superávit primário de 139,8 bilhões de reais no período, sem descontar investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e elevar os investimentos federais. Desse total, 96,97 bilhões de reais fazem parte da meta do governo central. O objetivo é garantir um crescimento econômico de 4,5 por cento neste ano. No ano passado, o governo central fez um superávit primário de 93,519 bilhões de reais, ultrapassando a meta oficial do período de 91,8 bilhões de reais. O investimento fechou 2011 em 47,5 bilhões de reais, 0,8 por cento a mais do que 2010. Já o déficit da Previdência Social ficou em 36,541 bilhões de reais no ano passado, queda de 22,3 por cento em relação a 2010, quando totalizou 47,050 bilhões de reais. Foi o melhor resultado desde 2002, último ano do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o rombo ficou em 30 bilhões de reais. Para este ano, a previsão do Ministério da Previdência é de estabilidade no valor do déficit do ano passado. Já o saldo do regime que atende aos servidores públicos, deve ficar negativo em 60 bilhões de reais -no ano passado ficou em 56 bilhões de reais. (Por Tiago Pariz)
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