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Governo paulista nega transferência de detentos para prisão federal

A Secretaria de Administração Penitenciária negou que haja cerca de 40 detentos, de uma lista de 120 presos em penitenciárias paulistas, que podem ser transferidos para presídios federais

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou nesta sexta-feira, 23, que não há nenhuma lista de presos em penitenciárias paulistas que podem ser transferidos para presídios federais. A assessoria da SAP negou que haja cerca de 40 detentos, de uma lista de 120, que serão transferidos. Ao contrário, não há previsão de quantos detentos serão transferidos e é possível que nenhuma transferência seja feita por enquanto. De acordo com um diretor da SAP, a intenção do governo de São Paulo é não incentivar as transferências. "Se elas tiverem mesmo de ser feitas, serão proteladas ao máximo", afirmou o diretor. Segundo informações da SAP, há uma queda de braço entre os dois governos. O governo de São Paulo não tem intenção de fazer as transferências para não dar munição aos governistas em ano de campanha eleitoral, dando a entender que não teria condições de manter seus detentos. Além disso, técnicos da SAP argumentam que os criminosos mais perigosos do sistema estão detidos em prisões seguras e que a quantidade de presos a ser transferida, neste caso, seria ínfima e não ajudaria a solucionar o problema de superlotação carcerária no Estado. A intenção do governo de São Paulo não é transferir nem mesmo Marcos Camacho, o Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Na visão de um dos diretores do sistema, a transferência de Marcola, seria de menor importância. "Os piores estão no segundo escalão da facção, como Edílson Borges Nogueira, o Birosca; o Júlio César Guedes, o Julinho Carambola; Roberto Soriano e outros, considerados mais perigosos e executores do PCC", afirmou outro diretor da SAP, que concorda com a posição adotada pela secretaria. Greve A paralisação dos servidores administrativos dos presídios de São Paulo atingiu nesta sexta-feira 72 das 144 unidades do Estado. Segundo o comando de greve, cerca de 2 mil trabalhadores, de diversas categorias, cruzaram nos braços. Entre eles, estão profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros; motoristas, auxiliares e funcionários administrativos. Os serviços funcionaram precariamente. Os mais afetados foram atendimentos de saúde e transporte de detentos.

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