O secretário Nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, assegurou nesta manhã que as famílias dos três auditores fiscais e de um motorista do Ministério do Trabalho, assassinados ontem em Unaí, Minas Gerais, serão indenizadas. "Nós vamos pedir urgência (de projeto de lei no Congresso) para que eles tenham a reparação o mais breve possível", disse o ministro, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo. Os auditores Nelson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram executados por dois homens armados. Os servidores estavam investigando denúncias de trabalho degradante na região considerada a maior produtora de feijão no País. Neste período muitas pessoas são contratadas para trabalhar na colheita de forma irregular. Um dos auditores já vinha senso ameaçado de morte há um ano. Mas a Delegacia Regional do Trabalho não comunicou o caso, segundo Miranda. A partir de agora, segundo o secretário, será pedido a Minas Gerais e outros Estados que comuniquem as ameaças com antecedência ao governo federal. "O importante é a prevenção", disse. Miranda informou que sua secretaria está trabalhando para a implantação de um disque-direitos humanos para receber denúncias sobre trabalho escravo, exploração de crianças e adolescentes, racismo e violência contra a mulher. "Agora, não é facil; tem que organizar também o sistema de apuração disso e melhorar a qualidade do trabalho policial e dos conselhos tutelares. Não adianta só condenar. Tem que tomar providencias", admitiu. Alencar vai ao velório O presidente da República em exercício, José Alencar, vai a Belo Horizonte para o velório dos funcionários do Ministério do Trabalho, assassinados ontem em Unaí. Os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, do Trabalho, Ricardo Berzoini, e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, acompanham o presidente. Para ler mais sobre o assassinato dos fiscais do trabalho em Minas: Assassinos serão punidos, diz Lula Presidente em exercício divulga nota sobre assassinatos Ministério do Trabalho divulga nome de fiscais mortos Auditores fiscais são assassinados em Minas ao investigar trabalho escravo