O 1º Encontro Internacional de Arte e Analfabetismo Funcional, que começa hoje no Palácio Gustavo Capanema, no Rio, vai discutir técnicas inovadoras usadas no ensino em diferentes países para tentar diminuir o analfabetismo funcional. Organizado pelo Casa Daros, centro de arte latino-americana em construção na cidade, o seminário pretende revelar todos os pontos de contato entre educação e arte, técnicas criativas que, a olhos mais conservadores, podem parecer experimentais demais. Existe na Itália uma escola onde crianças de quatro anos criam por conta própria as regras de um jogo com base em elementos estipulados pelo professor. Neles, expressam o que aprenderam por meio de pintura e dança. Em Portugal, os melhores resultados do ensino fundamental vêm de uma escola sem paredes, sem séries definidas. Os alunos participam da discussão do que vão aprender e decidem quando estão prontos para testes. No País, existem hoje 29,9 milhões de pessoas com mais de 15 anos que têm menos de quatro anos de estudo. São classificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Educação como analfabetos funcionais - não conseguem interpretar o que lêem nem escrever o que pensam. ?Essa limitação impede que a pessoa possa continuar aprendendo e que crie um espaço de ação na sociedade?, define o cubano Eugenio Valdés Figueroa, diretor de arte e educação da Casa Daros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.