Movimentos sociais e grupos ligados ao PSOL marcaram para esta quinta-feira, 15, uma série de manifestações por causa da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), de 38 anos. Pelo menos 13 protestos estão previstos em todo o País nesta quinta.
Um protesto marcado pelo Facebook para o início da noite desta quinta-feira no Rio tinha 20 mil confirmados na madrugada desta quinta-feira. O ato, intitulado Marcha contra o genocídio negro, vai se concentrar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) às 17 horas e seguir para a Cinelândia, no centro.
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Em São Paulo, um ato está previsto para as 17 horas no Masp.
Em Belo Horizonte, um protesto está marcado para as 17 horas na Praça da Estação, no centro da cidade. Também em Minas Gerais, a cidade de Juiz de Fora (MG) terá ato às 17h30 no Parque Halfed, na Avenida Rio Branco.
Em Salvador, o protesto está marcado para 10 horas na Tenda Sem Medo, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), por ocasião do Fórum Social Mundial. No Recife, a Câmara dos Vereadores será o palco do ato às 16 horas. Em Natal, o protesto ocorrerá às 17 horas, na Rua Apodi, Cidade Alta.
Já em Brasília, o Anexo II da Câmara dos Deputados terá ato às 11 horas.
Na capital paraense, o protesto está marcado para 17 horas no São Braz, localizado na Avenida Almirante Barroso. A cidade de Juiz de Fora (MG) terá ato às 17h30 no Parque Halfed, na Avenida Rio Branco.
Na região sul do País, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba também sediaram atos contra a morte da vereadora. Em Porto Alegre, a movimentação tem início às 17h30 na Esquina Democrática; em Florianópolis, a Esquina Feminista realiza ato às 17 horas; e em Curitiba, às 18h30, um ato ocorrerá no Prédio Histórico da UFPR (Praça Santos Andrade, 50).
Perfil. Marielle Franco, morta nesta quarta-feira, 14, no Rio, nasceu em 1979 no Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Foi mãe aos 19 anos. Se formou em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Na dissertação para obter o título de mestre, pesquisou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Segundo seu site pessoal, iniciou a militância em direitos humanos após ingressar em um pré-vestibular comunitário e perder uma amiga vítima de bala perdida em um tiroteio entre policiais e traficantes na Maré.
Foi eleita vereadora do Rio pelo PSOL com 46,5 mil votos - a 5ª maior votação. Estreante na Câmara, participava de comissão criada no início do mês para acompanhar a intervenção federal no Rio.
Apoiava projetos para punir o assédio em espaços públicos, em defesa de casas de parto e do aborto legal. Nas redes sociais, se posicionava contra o racismo e a violência policial. Em sua última publicação, divulgou vídeo do encontro de mulheres negras na Lapa, na região central, pouco antes de ser morta. No sábado, protestou contra ação policial no Acari, na zona norte.
Ao longo de sua trajetória, atuou em organizações como a BrazilFoundation, que defende a igualdade social, e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).