Guardas do Fatah são condenados por derrota em Gaza

Eles teriam facilitado ao Hamas assumir controle sobre o território em junho.

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Por BBC Brasil
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Um tribunal palestino condenou à prisão neste domingo seis guardas ligados ao movimento Fatah por não terem conseguido evitar que o Hamas assumisse o controle da Faixa de Gaza em junho. Os guardas, que receberam sentenças de até três anos de prisão, foram considerados culpados de negligenciar suas funções e de entregar suas armas a membros do Hamas. O advogado deles argumenta que eles estão sendo tratados como bodes expiatórios por falhas cometidas por oficiais mais graduados e promete apelar da decisão. Um inquérito já havia comprovado que as forças de segurança ligadas ao Fatah, encarregadas de combater militantes do Hamas em Gaza, mostraram falta de disciplina e foram mal gerenciadas. Segundo a correspondente da BBC em Ramallah Aleem Maqbool, as forças do Fatah - movimento ao qual é ligado o presidente palestino, Mahmoud Abbas - estavam melhor armadas e em maior número quando começaram os confrontos com o Hamas pelo controle da Faixa de Gaza. Depois da vitória do Hamas, começaram os pedidos para que o Fatah punisse os responsáveis dentro das forças de segurança do grupo. As sentenças dos seis condenados, entre os quais há dois coronéis, ainda precisam passar pela aprovação de Abbas. A condenação foi anunciada dois dias depois de o presidente palestino ter se encontrado, pela primeira vez desde junho, com membros do Hamas. Abbas se recusa a retomar oficialmente o diálogo com o Hamas até que o grupo devolva a ele o controle sobre a Faixa de Gaza. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, deve chegar à Cisjordânia nesta segunda-feira para uma nova rodada de reuniões com representantes palestinos. Trata-se da oitava visita de Rice à região apenas neste ano. Com encontros com autoridades de Israel e da Autoridade Palestina, a secretária está preparando terreno para uma conferência de paz que os Estados Unidos estão organizando neste mês na cidade de Annapolis, no Estado americano de Maryland. Neste sábado, Rice se encontrou com em Jerusalém com a ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni, que não há espaço para um acordo sobre a criação de um Estado palestino a menos que a segurança do Estado de Israel venha em primeiro lugar. "Ninguém quer ver outro Estado terrorista na região", disse Livni. O governo israelense considera uma organização terrorista o Hamas, que se recusa a reconhecer o Estado de Israel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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