A Vita Útil, do uruguaio Federico Veiroj, tem o feliz subtítulo 'um conto de cinema'. Em preto e branco e no formato quadrado (do começo do cinema falado), o filme acompanha alguns dias na vida de Jorge, funcionário há 25 anos da Cinemateca uruguaia. Sonhador, o personagem, que resume o cinema autoral, ou, mais especificamente, a própria cultura cinematográfica, adapta-se aos tempos modernos sem perder a ternura. Carolina Arantes