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Haitiana ficou famosa no Brasil

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Por Gustavo Chacra
Atualização:

Jean-Baptiste Mimose chegou à base militar brasileira de Porto Príncipe como heroína, dias depois do terremoto. Na enfermaria montada pelo Exército, a enfermeira haitiana era a estrela, dando entrevistas e olhando com paciência para as câmeras de fotógrafos que registravam a sua imagem para publicações do Brasil e de outros países. Ela estava longe de ser a maior vítima num local onde ocorreram amputações e partos. Mas era a mais conhecido, por ter sido, até então, a que havia sobrevivido mais horas sob os escombros. O marido e policial Eddy Belfort sentava ao seu lado, sempre sorrindo e contando a história da sua mulher. "Eu tinha certeza que ela sobreviveria. Ela é uma mulher inteligente", disse no dia do resgate. Ao longo do dia e mesmo à noite, ele circulava pela base, conversando com soldados e jornalistas. Pediu para ver, no computador do repórter do "Estado", as imagens dele nas TVs brasileiras e as reportagens no jornal. Não podia acreditar. Afirmava que pretendia contar aos filhos de Jean Baptiste que a mãe estava viva. E não via a hora de ir embora da base. Aparentemente, não tinha ideia do que o esperava.

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