Hillary Clinton diz que caso Goldman vai se resolver ''logo''

Em Jerusalém, secretária de Estado dos EUA falou que não há razão para americano não recuperar filho

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Por Redação
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Em visita a Jerusalém, a secretária de Estado americana Hillary Clinton falou pela primeira vez publicamente sobre o caso do americano David Goldman, que luta na Justiça para recuperar a guarda de seu filho de 8 anos - o menino vive com o padrasto no Rio. Em entrevista à emissora NBC, Hillary disse que os Estados Unidos desejam que o impasse seja resolvido o mais rápido possível. "Recorri aos mais altos níveis do governo brasileiro", disse a secretária, que na semana passada se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Hillary disse confiar na resolução do caso e acrescentou que Goldman, "com base em todas as leis internacionais sobre adoção, tem seguido as regras" para exigir a volta do filho. O menino foi levado para o Brasil em 2004 pela mãe, a brasileira Bruna Bianchi, com quem Goldman era então casado. Mas Bruna nunca mais voltou aos Estados Unidos com o menino, e deu-se início a uma disputa judicial. Com a morte de Bruna durante o parto de sua segunda filha, no ano passado, o padrasto brasileiro, o advogado João Paulo Lins e Silva, conseguiu a guarda do menino. Goldman acusa a Justiça brasileira de beneficiar o advogado, sócio do maior escritório de Direito da Família do Rio. "Um filho pertence à sua família", disse Hillary. "Não há razão alguma para que David Goldman não recupere seu filho, e confiamos que isso vá se resolver muito em breve. É óbvio que, se isso não acontecer, continuaremos falando do assunto com o governo brasileiro." A morte de Bruna, em agosto do ano passado, reascendeu a disputa pela guarda do menino - o pai move ações judiciais desde 2004. Recentemente, o caso ganhou repercussão nos Estados Unidos. A Casa Branca tem dado tanto peso à questão que ela deve entrar na pauta do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama, no dia 17, em Washington. ESCLARECIMENTO Sobre afirmação feita por Luca Bianchi (1º/3), de que pessoas entrevistadas nos EUA sobre o caso poderiam ter sido "compradas", a rede NBC esclarece: "Não pagamos por entrevistas. Qualquer afirmação em contrário é uma inverdade."

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