Em ação vinculada à Operação Arco de Fogo, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) começaram a fiscalizar hoje madeireiras de Brasília. O Ibama determinou hoje a interdição da Madeireira Constrular, no Setor de Indústrias e Abastecimento, onde, segundo o instituto, há fortes indícios de receptação de madeira ilegal vinda do Pará. O proprietário da empresa, Paulo Roberto de Freitas, foi encaminhado à sede do Ibama no Distrito Federal, prestou depoimento e foi liberado. Mas terá de pagar multa, de valor ainda indefinido, e poderá responder a processo criminal. "Isso nos levar a crer que podem ser encontradas irregularidades maiores. Vamos verificar todas as madeireiras de Brasília", informou o chefe de Fiscalização do Ibama no Distrito Federal, Ênio Cardoso. Segundo Cardoso, a capital federal é a 11ª cidade do País em consumo de madeira da Amazônia, dado diretamente relacionado à construção civil. Na volta ao comércio, Freitas não quis dar declarações. Alegou preferir "encerrar o assunto" por ter dito o que queria ao Ibama. Os fiscais desconfiaram, em inspeção há uma semana, do volume de madeira depositado no pátio da Constrular. Segundo o Ibama, foram encontrados cerca de 500 metros cúbicos de madeira no local, mas, desde março de 2007, não havia registro oficial de aquisição de material pela empresa. Cobraram a documentação e o proprietário apresentou nota referente à aquisição de 18 metros cúbicos de madeira vinda de Jacundá (PA).
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