O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a Fundação Florestal, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do Estado, e o biólogo Paulo Martuscelli em R$ 189,5 mil cada um. O anúncio foi feito hoje pelo Ibama. Os dois são acusados de receber e destinar 173 animais silvestres em desacordo com a legislação ambiental brasileira. Desses, 101 sumiram do Centro de Manejo de Animais Silvestres (Cemas) e o restante permaneceu nos recintos do projeto do biólogo, porém, sem documentos de origem. Ex-funcionário do Cemas, Martuscelli respondia pelo processo de recebimento e encaminhamento dos animais do projeto, mantido pela fundação até 2005. Tanto ele quanto a fundação tem 20 dias para apresentarem as defesas ao Ibama, a partir do recebimento das infrações. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) acompanham o caso. O Ibama apurou a procedência dos animais entre novembro de 2004 e fevereiro deste ano, a pedido da própria fundação. No período, além da execução de vistorias, 6 mil registros de entrada e saída de animais foram auditados. Nas inspeções, o instituto disse ter encontrado diversos animais em situação irregular, entre eles alguns em extinção, como o gato-do-mato pequeno e o papagaio xauã. Concluído o levantamento, a Procuradoria Jurídica Especializada do Ibama recomendou as autuações da fundação e de Martuscelli. Os autos foram lavrados em fevereiro, mas, em nome da Fundação Parque Zoológico, que assumiu a gestão do Cemas apenas em 2005. O Ibama corrigiu o erro e expediu uma nova autuação para a Fundação Florestal.