O vice-presidente do Conselho Episcopal Venezuelano, arcebispo Roberto Luckert, acusou a recém-fundada Igreja Católica Reformada de aceitar dinheiro do governo do presidente Hugo Chávez e de misturar política com religião. A dissidência foi criada por um grupo de anglicanos e católicos que dizem querer uma ênfase maior na ajuda aos pobres e apóiam abertamente as políticas socialistas de Chávez. Para o representante do Conselho Episcopal, instituição que controla a Igreja Católica na Venezuela, os padres que fundaram a dissidência estão tentando dividir a Igreja. Mas Enrique Albornoz, nomeado na semana passada o primeiro bispo da Igreja Reformada, nega as acusações do arcebispo Luckert. "Nós apoiamos o trabalho que o governo está fazendo para os pobres", ele disse à BBC. "Mas não queremos adotar qualquer linha política". O catolicismo é amplamente praticado no país, mas o apoio aberto do novo grupo às políticas socialistas de Chávez está aprofundando as divisões. A Igreja Católica e o governo na Venezuela têm tido conflitos freqüentes. Em um deles, a Igreja acusou Chávez de arrastar a Venezuela em direção a uma ditadura. Chávez, por sua vez, critica a Igreja, dizendo que ela é elitista e ignora os pobres do país. A Igreja Católica possui poucos seguidores - milhares de pessoas no oeste do país - mas sua filosofia incomoda certos grupos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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