Índios brasileiros pedem apoio do papa em batalha fundiária

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Por Redação
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Índios brasileiros afetados pela demarcação de reservas na Amazônia se reuniram nesta quarta-feira com o papa Bento 16 no Vaticano para pedir apoio da Igreja Católica em esforços para defender o seu espaço, obtido há três anos. O governo brasileiro criou a reserva Raposa Serra do Sol no norte do Estado de Roraima em 2005, mas os planos de remover os fazendeiros que não são indígenas e habitam a região geraram uma batalha legal e estimularam a violência. Homens mascarados atiraram e feriram 10 índios em 5 de maio, incluindo um garoto de 12 anos, disseram os indígenas. "Eu disse (ao papa) que nós estamos pedindo apoio para nossa reserva no Brasil, que nós precisamos do apoio dele", disse à Reuters Jacir José de Souza, da tribo Makuxi. Souza afirmou que o pontífice disse a ele que "faria possível para ajudar", mas o Vaticano não comentou sobre a breve conversa após a audiência geral do papa desta semana. Pierlangela Nascimento da Cunha, da tribo Wapixana, a outra indígena que se reuniu com o papa, disse que o encontro garantiria à sua comunidade que o mundo está atento à situação. "O fato é de estarmos aqui hoje vai implicar que outras pessoas saberão sobre nossa situação. Isso nos conforta, não estamos sozinhos", afirmou. Cunha disse que 21 índios na região foram mortos na onda de violência e de disputas fundiárias desde a década de 1970. (Reportagem de Phil Stewart) seu espaço, obtido há três anos. O governo brasileiro criou a reserva Raposa Serra do Sol no norte do Estado de Roraima em 2005, mas os planos de remover os fazendeiros que não são indígenas e habitam a região geraram uma batalha legal e estimularam a violência. Homens mascarados atiraram e feriram 10 índios em 5 de maio, incluindo um garoto de 12 anos, disseram os indígenas. "Eu disse (ao papa) que nós estamos pedindo apoio para nossa reserva no Brasil, que nós precisamos do apoio dele", disse à Reuters Jacir José de Souza, da tribo Makuxi. Souza afirmou que o pontífice disse a ele que "faria possível para ajudar", mas o Vaticano não comentou sobre a breve conversa após a audiência geral do papa desta semana. Pierlangela Nascimento da Cunha, da tribo Wapixana, a outra indígena que se reuniu com o papa, disse que o encontro garantiria à sua comunidade que o mundo está atento à situação. "O fato é de estarmos aqui hoje vai implicar que outras pessoas saberão sobre nossa situação. Isso nos conforta, não estamos sozinhos", afirmou. Cunha disse que 21 índios na região foram mortos na onda de violência e de disputas fundiárias desde a década de 1970. (Reportagem de Phil Stewart)

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