Israel confirmou que os restos mortais entregues pelo grupo islâmico libanês Hezbollah como parte de um troca de prisioneiros são de dois de seus soldados. Segundo a BBC, testes de DNA apontaram que os corpos são de Eldad Regev e Ehud Goldwasser, capturados durante uma operação do Hezbollah em 2006. Veja também: Israel e Hezbollah iniciam troca de prisioneiros Hamas parabeniza Hezbollah pelo acordo Assista ao vídeo A identificação abre caminho para a conclusão da troca de corpos e prisioneiros entre Israel e o Hezbollah. Pelo acordo entre as partes, os corpos dos dois soldados deverão ser trocados por cinco presos libaneses - entre eles Samir Qantar, militante condenado à prisão perpétua por um duplo homicídio em 1979. A captura dos soldados israelenses acabou provocando o conflito militar de 33 dias entre Israel e o Hezbollah, iniciado em julho de 2006. Muitos israelenses esperavam que os soldados ainda estivessem vivos. A troca está sendo mediada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Os prisioneiros libaneses libertados incluem Qantar, preso desde 1979 por um ataque guerrilheiro em que morreram três soldados israelenses e uma criança. O processo de troca, realizado na fronteira entre Israel e seu vizinho do norte, está sendo apresentado no Líbano como um triunfo. O país declarou feriado nacional para marcar a troca. Depois dela, não haverá mais militantes do Hezbollah em prisões israelenses. Em Israel, a troca causou polêmica. Alguns ministros se opuseram à possível troca de prisioneiros vivos do Hezbollah por corpos. O gabinete de Israel deu sua aprovação final à troca de prisioneiros na terça-feira. Falando ao gabinete antes da votação, o presidente israelense, Shimon Peres, disse: "Este não é um dia feliz para nós, libertar assassinos como estes. Mas nós temos a obrigação moral e sentimental de trazer nossos soldados para casa." A tentativa de forçar a libertação Qantar pode ter sido a motivação para a operação do Hezbollah que resultou no seqüestro dos dois soldados israelenses em 2006, o catalizador da guerra entre o Hezbollah e Israel, afirma o correspondente da BBC na capital libanesa, Beirute, Crispin Thorold. A guerra custou a vida de mais de 1,1 mil libaneses e quase 160 israelenses.