Israel pune time por torcida vaiar nome de ex-premiê

Torcida do Beitar desrespeitou minuto de silêncio para Itzhak Rabin, assassinado em 1995.

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Por BBC Brasil
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A Associação Israelense de Futebol decidiu, nesta quinta-feira, punir o time Beitar de Jerusalém pelo comportamento de seus torcedores durante a cerimônia em memória ao premiê Itzhak Rabin, assassinado em 1995. No último domingo, 4 de novembro, dia do assassinato de Itzhak Rabin por um extremista israelense de direita, o público no estádio de futebol de Haifa foi convidado a manter um minuto de silêncio em homenagem ao primeiro-ministro. Imediatamente, milhares de torcedores do Beitar, que é o campeão de Israel, começaram a vaiar e a gritar o nome do assassino, Igal Amir. A cena causou um choque profundo em Israel, pela grande quantidade de pessoas, que, em público, demonstravam aprovação ao assassinato. A Associação Israelense de Futebol declarou que o comportamento dos torcedores do Beitar representa uma "ofensa à própria existência de Israel como Estado democrático" e resolveu punir o time. Os dois próximos jogos do time serão realizados sem a presença do publico. O atual primeiro-ministro, Ehud Olmert, que também é torcedor do Beitar, declarou que sente "asco" pelas pessoas que vaiaram Itzhak Rabin no estádio. A direção do Beitar protestou contra a punição e afirmou que a decisão é "injusta e populista" e que pretende apelar. O deputado do partido Trabalhista, Eitan Kabel, disse que "a punição é tão leve que causa constrangimento". Segundo Kabel, a sociedade israelense deve encontrar formas enérgicas e metódicas para se confrontar com o incitamento e o racismo nos campos de futebol. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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