Jordânia vai às urnas, mas principal partido islâmico boicota eleição

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Por Redação
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Os jordanianos votaram nesta quarta-feira nas primeiras eleições parlamentares do país desde as revoltas da Primavera Árabe, sem a participação do principal partido islâmico, que exige o fim da corrupção governamental e mais voz aos pobres de zonas urbanas. A Irmandade Muçulmana diz que o sistema eleitoral está distorcido por deixar de lado as cidades, seu principal reduto, em prol das áreas tribais dominadas por conservadoras forças políticas governistas. Por volta de 15h (horário de Brasília), o comparecimento eleitoral chegava a 56,5 por cento, mas os islamitas acusaram as autoridades de tentar inflar um comparecimento baixo para disfarçar o impacto do boicote. Os resultados oficiais estão previstos para quinta-feira. A ausência da Irmandade reduziu a eleição a uma disputa entre líderes tribais, figuras conhecidas e empresários, sendo que poucos dos 1.500 candidatos concorrem por partidos reconhecidos. Denúncias de compra de votos são comuns. A Jordânia, uma monarquia aliada dos Estados Unidos, teve grandes protestos contra a corrupção e críticas ao rei Abdullah, mas não na mesma dimensão das rebeliões que derrubaram governantes no Egito, na Tunísia e no Iêmen, além de desencadear guerras civis na Líbia e na Síria. (Reportagem de Suleiman Al-Khalidi)

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