Uma rebelião de 30 internos da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), em Porto Alegre, manteve dois monitores como reféns durante 12 horas e deixou uma galeria do prédio depredada. Os jovens, com idades de 18 a 20 anos, destruíram um banheiro, quebraram portas e queimaram colchões. Eles aceitaram se entregar no final da manhã desta quinta-feira, depois de seus familiares serem autorizados a entrar no pátio instituição, que estava cercada pela Brigada Militar (a polícia militar do Rio Grande do Sul). O tumulto começou com uma briga entre os internos no final da noite de quarta-feira. Cinco monitores que entraram na galeria para conter o confronto foram dominados e usados como reféns numa tentativa frustrada de fuga. Três deles foram liberados durante a noite. Nas negociações, os jovens, armados de pedaços de ferro, madeira e louça do banheiro, reclamaram da superlotação e da ociosidade. Os oito líderes foram autuados em flagrante por organização de motim, cárcere privado e formação de quadrilha. Os monitores Laércio Weirich e Ana Cláudia Rodrigues de Lima, retidos durante toda a rebelião, e o interno Mário Alves dos Santos, de 18 anos, agredido pelos colegas no início do tumulto, foram atendidos no Hospital de Pronto-Socorro e liberados.