O juiz da Vara do Júri e de Execuções Criminais de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Luís Augusto Freire Teotônio, acatou o pedido do promotor Cirilo Luciano Gomes Júnior para que o estudante Caio Meneghetti Fleury Lombardi, de 19 anos, não responda a processo por tentativa de homicídio doloso (intencional), no caso do atropelamento do frentista Carlos Alaetes Pereira Silva, de 37 anos, num posto de combustíveis, em 11 de fevereiro. O delegado do 4º Distrito Policial (DP), Luiz Geraldo Dias, indiciou Lombardi por tentativa de homicídio doloso e outros dois crimes que ainda serão analisados numa das cinco varas criminais. Se um juiz criminal entender que houve tentativa de assassinato, o caso irá ao Tribunal de Justiça (TJ), que definirá o rumo da ação. Lombardi é calouro de direito de uma universidade privada da cidade. Gomes Júnior, que substituía o promotor titular Eliseu José Berardo Gonçalves na Promotoria do Júri, entendeu apenas que o caso não era de tentativa de homicídio. Os crimes de pôr em perigo a vida de outras pessoas e tráfico de entorpecentes (havia cinco frascos de lança-perfume no carro dirigido pelo estudante) serão analisados por um promotor criminal antes de chegar a um juiz da área. Silva sofreu traumatismo craniano, queimaduras pelo corpo e fraturas no rosto. Ele teve alta hospitalar e está em fase de recuperação, em casa. Dias ainda pediu a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Lombardi e o pagamento das despesas com o acidente ao frentista. O advogado de Silva também move ações semelhantes, pedindo indenizações à família do estudante.
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