Juiz mantém presos PMs por morte de estudante no PR

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Por Evandro Fadel
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O juiz da Vara de Auditoria Militar Estadual do Paraná, Davi Pinto de Almeida, determinou na sexta-feira a permanência na prisão dos soldados Luís Gustavo Landmann e Dionete dos Santos Rodrigues, acusados de terem atirado no dia 13 contra um carro em Porto Amazonas, a cerca de 80 quilômetros de Curitiba, culminando com a morte da estudante Rafaeli Ramos Lima, de 21 anos. A informação foi dada hoje pela Vara de Auditoria Militar. Landmann e Rodrigues continuarão detidos no 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Ponta Grossa (PR). Eles ficarão em tempo integral no quartel por 30 dias ou enquanto durar o inquérito policial militar (IPM). No dia da morte de Rafaeli, eles foram retirados do trabalho nas ruas, fazendo apenas atividades administrativas no BPM, mas, à noite, tinham permissão para ficar com os familiares. Almeida negou pedido de prisão preventiva que foi feito pela polícia, sob o argumento de que não há riscos à ordem pública e nem à coleta de provas. Landmann e Rodrigues não ocupam celas, mas os alojamentos normais do batalhão. Ontem, parentes e amigos da estudante participaram de uma missa e fizeram protestos pelas ruas de Porto Amazonas. Em frente ao posto da Polícia Militar, eles pararam para pedir justiça. Rafaeli foi morta com um tiro na cabeça, quando voltava de um baile de formatura com o amigo Diogo Soldi Schuhli. Ela e Schuhli estavam num Gol preto, que foi confundido com um Palio preto, onde, supostamente, havia traficantes de cigarros. O carro e o fumo foram encontrados, mas quem ocupava o automóvel fugiu. O veículo da polícia colidiu com o Gol e os policiais atiraram, matando Rafaeli e ferindo levemente o amigo dela.

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